Nacional
Dia Nacional do AVC

Recorde os famosos que são verdadeiros sobreviventes da principal causa de morte em Portugal

Ter, 31/03/2020 - 18:00

José Alberto Carvalho, Dolores Aveiro e Luísa Castel-Branco são alguns exemplos de sobreviventes de AVC, que hoje celebram o facto de estarem vivos.

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de morte em Portugal. Por hora, três portugueses sofrem um AVC. Destes, um não irá sobreviver e, pelo menos, outro ficará com sequelas incapacitantes. De acordo com a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral, Portugal é, na Europa Ocidental, o país com a taxa de mortalidade mais elevada, sobretudo na população com menos de 65 anos de idade.

Neste Dia Nacional do Doente com AVC, que se assinala a 31 de março, a NOVA GENTE recorda-lhe algumas das figuras públicas que sofreram com este problema de saúde. Dolores Aveiro, José Alberto Carvalho e Luísa Castel-Branco são alguns exemplos de sobreviventes. Mas o risco é grande e há que manter precauções.

Deixamos-lhe ainda, mais abaixo, alguns cuidados a ter com a alimentação e estilo de vida saudável.

Dolores Aveiro e o AVC isquémico

Aos 65 anos, Dolores Aveiro sofreu um AVC isquémico - o tipo de AVC mais frequente na população portuguesa - no início de fevereiro e está agora a recuperar em casa, na ilha da Madeira. A mãe de Cristiano Ronaldo, que é o caso mais recente entre as celebridades em Portugal, esteve internada durante duas semanas.

«Esta não é a típica mensagem normal da Dolores, mas só estou a passar por aqui para vos dizer que estou a recuperar bem (já a reclamar muito de estar deitada na cama à muitas horas). Sei que é para o meu bem, em alguns dias já estarei na minha rotina normal, se Deus quiser, tudo não passou de um susto, estou sóbria, consciente do que me aconteceu e com plena certeza que fui uma sortuda», escreveu nas redes sociais a matriarca do clã Aveiro, ainda no hospital.

Carlos Cruz 'apanhado' no Natal

Em dezembro passado, a NOVA GENTE noticiou, em primeira mão, que Carlos Cruz tinha sofrido um AVC. A sua filha, Marta Cruz, foi o seu grande apoio. O apresentador de televisão sentiu-se mal e ligou logo à filha, que o levou a correr para o hospital, onde ficou internado por prevenção e de onde saiu sem sequelas.

O Sr. Televisão, que foi operado a um tumor no fígado em 2018, recuperou em casa.

O susto de José Alberto Carvalho

Em fevereiro de 2019 foi a vez de José Alberto Carvalho apanhar um grande susto. Aos 51 anos, o jornalista revelou, na altura, que sentiu uma forte dor de cabeça, que o obrigou a ir ao hospital, onde ficou internado e depois de os médicos lhe terem dito que tinha sofrido um AVC.

AVC de Luísa Castel-Branco

Luísa Castel-Branco sofreu um AVC há 17 anos e nunca mais se esqueceu do dia em que sentiu «um medo profundo». Desde essa data que a mãe de Inês Castel-Branco «começou um longo caminho» e todos os anos, o marido, Francisco Colaço, a surpreende para celebrar a vida.

«Todos estes anos, sem faltar um, ele deixa-me rosas e um cartão. Só para me dizer que me ama e que felizmente ainda estou viva! É a única pessoa que se recorda desse dia de medo profundo e a morte por tão perto. Palavras para quê? Talvez mesmo só obrigada!», escreveu nas redes sociais em 2017.

Tipos de AVC

A cada segundo uma pessoa no mundo sofre de um acidente vascular cerebral (AVC), não surpreendendo, por isso, que o AVC seja a principal causa de morte em Portugal.

Mas porque é que acontece? Depende, sendo que há dois tipos de AVC: o isquémico e o hemorrágico. Contudo, os sintomas são semelhantes e os cinco mais comuns são:

  • Assimetria súbita da face
  • Perda súbita de força num braço ou numa perna
  • Fala estranha ou incompreensível
  • Perda súbita de visão em um ou ambos os olhos ou visão dupla
  • Dor de cabeça súbita e muito intensa

Cuidados de prevenção

A realidade é que o AVC é uma doença evitável, mas não é só pelo seu diagnóstico que é necessário investir. É necessário adotar uma postura preventiva no combate aos fatores de risco, inclusive, existem casos em que as pequenas mudanças que podemos fazer nos nossos hábitos do dia-a-dia não são suficientes e é necessário recorrer a tratamentos para diminuir o risco acidentes cardiovasculares nestes doentes.

Os fatores de risco são muito numerosos e, quanto maior for o seu número, maior o risco de ocorrência de um AVC. Alguns desses fatores não são controláveis, como a idade, o género (mais frequente nos homens) e a genética.

Em relação à idade, é importante referir que cerca de 25 por cento dos AVCs ocorrem em pessoas jovens.

Contudo, existem outros riscos que podem ser reduzidos por mudanças no estilo de vida (deixar de fumar, praticar exercício, fazer uma dieta rica em fruta e vegetais) ou por medicação:

  • Dieta pouco saudável com excesso de bebidas alcoólicas;
  • Hipertensão Arterial: A hipertensão arterial (HTA) é o principal fator de risco para a trombose (e enfarte) cerebral – AVC. A relação da pressão arterial com o risco de AVC é forte, contínua, progressiva e iterada (quanto maior é o valor da pressão arterial, maior é o risco);
  • Hábitos tabágicos: O tabagismo contribui – isoladamente – para 12 a 14 por cento de todas as mortes por AVC;
  • Dislipidemia: O tratamento com Estatinas (fármacos inibidores da síntese de colesterol no fígado) e a diminuição do LDL-colesterol (colesterol mau) reduz significativamente o risco de AVC em doentes com risco cardiovascular elevado (diminuição de 21 por cento do risco de AVC isquémico por cada redução do LDL em 39 mg/dl). Por isso, é importante saber os níveis do colesterol e das «gorduras» do sangue;
  • Diabetes: O risco de um diabético ser hipertenso é quase o dobro de um indivíduo sem diabetes. Nos diabéticos é fundamental – e imprescindível – manter um controlo rigoroso da pressão arterial e da dislipidemia.

 

Texto: Filipa Rosa; Fotos: Impala

 

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