Saúde e Beleza
Nutrição

Os primeiros 10 anos de alimentação

Sáb, 15/05/2021 - 09:10

A alimentação das crianças até aos 10 anos é muito importante para uma vida longa e saudável, graças a bons hábitos e boas práticas alimentares.

Artigo de opinião

Por Dr. Tomás Barbosa, Nutricionista

Muitas crianças têm manifesta aversão ao peixe, espinafres, ovos, leite, carne ou outros alimentos duros ou de forte sabor. Nunca obrigue o seu filho a comer o prato rejeitado. Ele não é rabugento ou malicioso, pois nem ele próprio sabe porque sente uma repugnância insuperável em relação a determinados alimentos. E se é este o caso, substitua os ovos e o peixe, por requeijão, queijo ou pratos à base de leite, os espinafres por outras verduras, o leite puro por batidos e a carne em pedaços por carne picada ou às tiras. Estas aversões desaparecem, geralmente, por si sós ao fim de semanas ou meses. Mas se, devido a situações penosas provocadas por determinados alimentos, estão associadas más recordações, a rejeição pode manter-se ao longo de muitos mais meses. Na medida do possível, não dê demasiada importância à falta de apetite das crianças.

Use de moderação nas porções de comida, sobretudo com a sobremesa! Lembre-se de que quase todas as crianças mostram pouca vontade de comer durante as fases de crescimento. Neste período, preocupe-se mais do que é habitual em que durmam o suficiente, se movam muito ao ar livre e tenham ocupações estimulantes durante as horas de recreio.

Não dê doces fora das refeições, pois o desejo manifestado pela maioria das crianças em comer coisas doces não tem necessariamente a ver com fome. Prefira os vários tipos de fruta, iogurtes, bolachas secas ou integrais, são valiosos complementos como sobremesa ou refeição ligeira. Pelo contrário, os gelados, os caramelos, o chocolate em grandes quantidades e os alimentos muito açucarados são altamente prejudiciais. O açúcar deteriora os dentes, baixa o nível de cálcio do organismo, tão importante para as crianças, e destrói as vitaminas do grupo B, também de importância vital para elas.

Muito mais preocupantes que as crianças com falta de apetite, são os pequenos glutões. No que se refere às refeições, apenas dão alegrias aos seus pais e nenhum problema: com a sua gordura de «bebé» têm uma aparência divertida e sadia, mas encontram-se ameaçados sob dois aspetos. Em primeiro lugar, todas as pessoas obesas, sejam crianças ou adultos, são mais vulneráveis que as magras e, em caso de doença, recuperam com mais dificuldade e frequentemente com complicações. Em segundo lugar, os hábitos alimentares adquirem-se para toda a vida na juventude.

A alimentação saudável deve começar na 1ª idade e tornar-se um hábito na 2ª idade para podermos atravessar a 3ª idade com muita saúde, física e mental. Mas não é aplicável de igual maneira a todas as pessoas. Cada um tem as suas necessidades próprias e individuais. Por isso é tão importante consultar um especialista em nutrição que lhe poderá determinar um Plano Alimentar Personalizado, feito exatamente "à sua medida"!

 

 

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Texto: Dr. Tomás Barbosa – Nutricionista da Clínica do Tempo®

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